Propostas a nível:
· SOCIAL
· Valorização das pensões e salários, para um maior consumo no mercado interno, uma das formas de dinamizar a economia através da produção de bens para criar maior riqueza e melhor repartição, como tal aumentando o emprego e arrecadação de mais impostos.
· Prolongamento do subsídio de desemprego para maior apoio a pessoas em dificuldades e o rendimento social de inserção de ajuda ao problema da pobreza.
· ECONÓMICO
· Através dos bens transaccionáveis (vendas para o mercado externo), maior incremento das exportações, contribuindo também para estancar as importações que nos deixa cada vez mais dependentes do exterior, aumentando assim o valor da balança comercial (valor entre exportações e importações).
· Maior apoio às empresas para maior diversificação dos mercados.
· Contra as privatizações dos sectores básicos como combustíveis, aeroportos, correios, electricidade, investimento público.
· Combate à economia paralela que não paga impostos criando um mercado desigual.
· FINANÇAS
· Maior receita fiscal através da tributação das mais valias das acções em bolsa (diferença entre compra e venda, em menos de 1 ano)
· Menos benefícios fiscais à Banca para que o valor do Imposto sobre Lucros, tenha a mesma percentagem que as pequenas empresas e não ter uma taxa líquida que ronda os 13% e não os tais 25%
· Tributação de um imposto sobre as grandes fortunas.
· Maior fiscalização do Banco de Portugal para a fuga de capitais para off shores (paraísos fiscais onde não pagam impostos), mas favorecem o branqueamento de capitais, tais como armas, droga, prostituição, terrorismo.
· FUNÇÃO PÚBLICA
· Maior racionalização em despesas como auditorias externas e consultorias, tendo o Estado técnicas para as realizar, maior estabilização dos seus funcionários, contra a lei da mobilidade.
· SAÚDE
· Maior comparticipação nos medicamentos, porque os portugueses são os que mais pagam pela saúde e vai ajudar principalmente os reformados que têm dificuldades para os comprar devido a reformas baixíssimas.
· ENSINO SUPERIOR
· Abolição das propinas, visto as Universidades já serem financiadas pelo O.E. e de receitas próprias em trabalhos que efectuam e para que a justificação de apoio para os serviços sociais não passe de uma falácia.
· SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÃO INTERNA
· Valorização dos agentes dando melhores condições, equipamentos e esquadras de proximidade.
· TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL
· Combate às leis laborais, contra o incentivo ao trabalho precário
· Financiamento da segurança social através do 1% do IVA, que deixou de estar em vigor a partir de fins de 2009.
3 comentários:
(Parte I)
Muito Bom Ana, assim posso continuar a mandar no país mais um bocadinho :)
Antes de mais quero dizer que a bancada que representou o Partido Comunista, apesar de uma participação discreta, esteve, na minha opinião, muito bem. As duas deputadas foram muito directas e concisas nas questões que colocaram, por isso não concordo contigo quando dizes que a tua participação não foi muito activa :)
Agora passando ao que interessa...
Compreendendo toda a matriz ideológica que envolve o PCP, compreendemos logo as propostas apresentadas, de qualquer forma não nos podemos guiar por sonhos de uma utopia Marxista para governar um país, já que utopias são isso mesmo ideais impossíveis de concretizar.
Mas não entrando na discussão da constituição de uma sociedade comunista e respondendo directamente às propostas apresentadas.
A nível social
Antes de mais o PCP, não se pode esquecer que Portugal enfrenta um défice de 9% e que os tempos em que se desbaratavam dinheiros públicos têm que acabar.
Ninguém defende como o PS, o conceito de justiça social, mas não entendemos o porquê de valorizar as pensões... Isto porque cada contribuinte ao longo da sua vida laboral decide qual a percentagem do seu rendimento que desconta para a segurança social, no entando há diferenças de contribuinte para contribuinte nos montantes que são descontados... Cada um recebe aquilo que desconta por isso o valor das pensões vai variar consoante aquilo que cada um desconta ao longo da sua vida laboral. Portanto os descontos não são mais que uma poupança a longo prazo e não pode ser considerado um investimento com um retorno superior ao depósito como o PCP quer, porque assim o mais certo é que a Segurança Social desapareça, e esta é o nosso principal instrumento para garantir a justiça social, por isso só posso considerar esta proposta como o acto irresponsável.
Valorização dos salários, é algo que está fora de questão, os salários da função pública sofreram um aumento ainda no ano transacto, a inflação está baixa, e aumentar o salário mínimo neste momento seria pura e simplesmente afastar as unidades produtivas existentes ou em vias de existir, aniquilar as pequenas iniciativas, etc... esse não é o caminho para dinamizar a economia portuguesa mas sim o caminho para simplesmente estrangulá-la, mais uma medida na onda da irresponsabilidade comunista.
Não achamos que o subsídio se desemprego necessite de ser prolongado, achamos que os programas de formação profissional e de fomentação na criação do emprego próprio, numa época em que o empreendorismo é que faz a diferença na cavalagem do motor da economia, são suficientes para combater o desemprego e que o prazo definido, durante o qual é atribuído o subsídio, é mais que suficiente para que uma pessoa que se encontre nesta situação encontre colocação.
Sobre o rendimento de inserção, simplesmente está adequado à realidade do país.
(Parte II)
A nível económico
Se há coisa que o Governo tem feito é tentar inverter a tendência negativa da balança comercial, e com algum sucesso, fruto das nossas boas relações com países como Angola, China entre outros, que o Governo fez questão de fomentar durante estes últimos anos, fortalecendo os nossos laços económicos entre outros que o passado comum nos proporciona, mas não nos podemos esquecer que também estamos na União Europeia e os nossos parceiros neste espaço comum são igualmente importantes. Mas não nos podemos esquecer que esta história das relações, é dar e receber, por isso não podemos esperar que estas relações sejam só e apenas proveitosas para nós mas estejam descansados que as vantagens que iremos retirar a curto e a longo prazo irão ser extremamente proveitosas.
Já a privatização de alguns dos sectores referidos será um processo progressivo e inevitável, ficando a garantia que o estado irá sempre garantir aos portugueses serviços básicos em que acredita serem absolutamente necessários aos portugueses. Mas de alguma forma acho piada à forma como o PCP condena a promiscuidade dos prémios e vencimento de alguns gestores em empresas em que o estado tem posição, mas continua a achar que o estado deve continuar a pactuar com isso e a sustentar parte disso.
No combate à economia paralela, o estado já anunciou um combate intenso à fraude.
A nível das finanças
A tributação das mais-valias das acções em bolsa está anunciada no PEC, tal como a tributação do imposto sobre artigos de luxo. Os benefícios fiscais à banca vão se manter, a bem da coesão do sistema financeiro. E posso dizer ao Partido Comunista que apesar de tudo nós não estamos a ponto de comparar Portugal ao "Padrinho" para falar em off shores de tal forma, que estas financiam actividades ilícitas como terrorismo, prostituição... O Governo está atento à fuga aos impostos, e irá lutar contra a fraude e a evasão fiscal de forma dura, mas não vamos fazer disto um épico filme contra uma Máfia invisível, mas percebo a necessidade do PCP em transformar-se em herói num romance tipicamente americano.
Concluindo, apesar de a fantasia ser algo tão bom e uma virtude tão infantil, não podemos brincar com a vida de uma nação inteira apenas guiados por um almanaque esquerdista aprovado numa reunião soviética, os erros do comunismo mostraram ao mundo que a justiça social só é alcançada se não for cega e que as permanentes permutas entre classes equilibram e estabilizam a nossa sociedade. Estar à esquerda não é perder a cabeça por ideais, como o PCP quer, deitando por terra, todo o caminho por uma sociedade mais justa. Nós somos um governo de esquerda, mas uma esquerda responsável e não vamos aceitar com uma obediência estalinista que nos digam se somos de esquerda ou não, e o que temos de fazer para o ser.
A luta é por Portugal e pelos Portugueses não por ideais.
Ana adorei a tua postagem!
Eu era deputada do PS, e embora fossemos ambas de esquerda há certas diferenças que marcam a distância entre PS e PC.
Começando com as propostas sociais; embora todos nós queiramos um Portugal mais justo, sabemos que medidas como o aumento do subsídio de desemprego ou aumento do rendimento social são propostas inconcebiveis nestes tempos de crise. De salientar que foi um ministro PS, António Gueterres, quem mais contribuiu para reduzir as desigualdades sociais que infelizmente existem no nosso pais, através por exemplo da implementação do rendimento mínimo de sobrevivência. No entanto, embora o país tenha beneficiado incrivelmente a nível social com estas medidas, também agravou incrivelmente o nosso défice (e nem estavamos em período de crise!). Também me consta que, infelizmente, existem muitas empresas que desejam neste momento contratar mais pessoal e que dificilmente arranjam alguém. E que existam alguns que não se importem de viver com menos de 400euros a troco de não fazerem nada na vida. E onde está aí a justiça social? Estas propostas lembram-me sempre os imigrantes, tantas vezes criticados por alegadamente "roubarem o trabalho aos portugueses" mas que afinal enriquecem o nosso país aceitando empregos que muitos poucos portugueses aceitam, tal como o trabalho nas obras e nas vindimas! E muitos com formação superior...
Por falar nesta temática do ensino superior, não podia estar mais desacordo com o corte das propinas nas universidades. Que é importante formar a nossa população é verdade (atendendo que a mão de obra qualificada no Brasil, México e até Turquia é mais elevada do que em Portugal) é indespensável a aposta na formação e qualificação do povo português. No entanto, o PC deve concerteza saber que todos os alunos em que o rendimento do seu agregado familiar é baixo, estão isentos de propinas e até recebem um pouco mais para outras despesas escolares. Ora aí a justiça social está garantida. Mas se todos os alunos ficassem isentos de propinas , acredite que o OE teria que contribuir muito mais para não levar ao fecho das Universidades!
Quanto aos medicamentos de salientar que o ano passado o governo gastou 200 milhões em medicamentos que não foram utilizados
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