14/01/2010

Sócrates acusa bancos de "causarem a crise" e critica "queixas" do sector

O primeiro-ministro José Sócrates criticou esta tarde as declarações do BPI em relação à economia e ao endividamento do Estado, acusando o sector de ser o responsável pela crise que se instalou.



O primeiro-ministro José Sócrates criticou esta tarde as declarações do BPI em relação à economia e ao endividamento do Estado, acusando o sector de ser o responsável pela crise que se instalou.“Aqueles que foram os causadores da crise financeira são os primeiros a queixar-se das acções do Estado que permitiram a resolução dessa crise”, disse o primeiro-ministro, citado pela TVI online.Sócrates salientou que “o Estado esteve disponível e com vontade de não permitir uma catástrofe do sistema financeiro. É muito curioso que sejam agora os bancos agora a queixarem-se”.Em causa está a análise feita pelo BPI que revela que os compromissos do Orçamento do Estado com o sector empresarial e com as concessões atingirão 2% do PIB já em 2015, de acordo com os cálculos realizados pelo BPI com base nos encargos já assumidos pelo Estado.“A minha surpresa é que os compromissos são muito grandes e muito cedo”, afirmou Fernando Ulrich comentando esse número e salientando que as projecções desmentem a convicção de que os compromissos assumidos pelo Estado com as parcerias púbico- privadas e concessões que seriam pagos pelos nossos netos afinal vão ser pagos já por nós.Apesar de ter tecido críticas, Sócrates sublinhou que “o nosso sistema financeiro portou-se muito bem. Portugal foi dos países que gastaram menos com o sistema financeiro”, de acordo com o site da estação de televisão.

Francisco Freire nº8 11ºD

1 comentário:

Utilizador Geral disse...

De facto, os bancos começaram a emprestar dinheiro desenfreadamente a toda a gente sem exigir grandes garantias, a troco de juros altos, levando os agentes com necessidade de investimento a endividarem-se, pois a oferta de produtos da parte do banco era tanta e a facilidade de comprar esses produtos também, que as pessoas e empresas perderam a noção das suas capacidades económicas.
O endividamento do Estado deve se também a concessões de obras que não cumprem o contrato inicial, ou seja é dado um valor ao estado e a obra termina com um custo muito mais elevado do que o orçamento.
O aumento dos impostos deve-se precisamente ao que Fernando Ulrich menciona, ou seja o agravamento da despesa pública está a encaminhar sem dúvida a situação dos pais para um estado de crise cada vez pior.
Esta é a minha opinião, por um lado a concessão de muitos créditos e de outros produtos por partes dos bancos sem grandes garantias é uma das causas do actual estado do país, onde muitos portugueses se encontram endividados e com juros muito altos, mas o endividamento do estado também é causador desta crise, de facto, vi uma notícia que dizia que hoje para pagar todos os encargos assumidos pelo Estado é necessário o equivalente à riqueza criada no pais durante 1 ano, e com estes grandes investimentos previstos, como o TGV e as novas concessões de auto-estradas ainda vai piorar este cenário!


Cátia Sousa Nº5