12/11/2008

Para confirmar o que disse no comentário á noticia da mariana

Crise: Economia portuguesa já está em recessão - Pires de Lima
11 de Novembro de 2008, 15:53
Porto, 11 Nov (Lusa) - O presidente da Unicer afirmou hoje que a economia portuguesa "já está a viver um período de recessão" que levará a um aumento do desemprego em 2009, apesar de considerar positivas as medidas tomadas pelo ministério das Finanças.
"Acho que nós já estamos a viver um período de recessão, embora tecnicamente só se diga que há recessão quando há dois trimestres consecutivos com crescimento negativo", afirmou António Pires de Lima à margem da conferência "O Papel da Indústria no Futuro de Portugal", hoje promovida no Porto pela Exame e pelo Expresso.
Para o empresário e presidente do Conselho Nacional do CDS-PP, a recessão "vai acabar por contaminar o mercado de emprego" e, "provavelmente, a taxa de desemprego durante o ano 2009 vai subir".
De acordo com Pires de Lima, o recuo do consumo já se fez notar nas vendas da Unicer e "em mercados tão básicos como o da água engarrafada e da cerveja, nomeadamente no consumo fora de casa".
"Isto é um sintoma de uma crise mais geral que acho que vai acabar por afectar de forma significativa a economia portuguesa", sustentou.
Questionado pelos jornalistas sobre a resposta do Governo à crise internacional, o empresário considerou que o ministério das Finanças "actuou atempadamente e de forma bastante assertiva para que não se instalasse uma crise de confiança no mercado financeiro".
"Acho [que o Governo português] tem estado particularmente bem, até por contraste com outros governos em outros países europeus", disse.
Também positivo é, na sua opinião, o anúncio da regularização das dívidas do Estado às empresas.
"[O Governo] não faz mais do que a sua obrigação, mas há muitas décadas que isso não acontecia", afirmou, considerando que "era importante complementar esta relação de maior equidade e justiça entre o Estado e as empresas a nível fiscal".
É que, salientou, nesta área "as empresas continuam a sentir uma enorme pressão fiscal e, muitas vezes, uma certa perseguição fiscal", com a administração "a fazer um esforço enorme para cobrar receitas mesmo quando não lhe são devidas".
"Pergunto-me como as pequenas e médias empresas sobrevivem numa economia em recessão, com uma máquina fiscal que pressiona tanto e com uma burocracia administrativa tão penalizante", disse, defendendo que "na área da desburocratização e na área fiscal há coisas importantes ainda a fazer".

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